sábado, 21 de março de 2009

SEM RUMO
Também pensei um dia
que a estrada fosse minha.
Caminhei minha cota do caminho
sem rumo, sem pressa.

Pisei o barro, a trilha sombreada
A estrada farta de espinhos.
Deixei as marcas dos meus pés
por esse mundo a fora.

Encontrei na areia
o aconchego e o calor.
Trilhei caminhos tortuosos,
cheguei a beira de precipícios.

Mas a rota sem rumo me levou
também a gramados e prados.
Florestas e bosques, oásis
onde me encontrei com a vida.
Em uma dessas encruzilhadas perdidas,
onde só você pode tomar a decisão
do destino a seguir.

Ainda caminho, mas já compreendi
que não sou o dono desta estrada.
Apenas a uso, como muitos outros.
Apenas passo, no meio da multidão.

A cada passo dado,
mais perto estou de mim.
A cada passo dado,
mais longe estou do fim...

Almir Capthor

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